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Postado em: 21/05/2024 às 09:13
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Relatório do Governo do Paraná diz que então diretor do Depen teria recebido R$ 1 milhão para ajudar traficante preso


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Um relatório interno do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Depen-PR) aponta um suposto esquema de pagamento de propina por um traficante ao ex-diretor do órgão Francisco Caricati.

documento, do dia 29 de abril de 2022, foi feito pela Agência de Inteligência do departamento.

O ofício tem duas páginas e afirma que "chegou ao conhecimento da Sessão de Inteligência da Casa de Custódia de São José dos Pinhais ", em novembro de 2021, "que o interno Marcos Silas teria comprado parte da alta cúpula do Depen-PR".

Marcos Silas Neves de Souza foi preso em 2021, em São Paulo, quando tentava fazer uma cirurgia plástica.

As investigações da Polícia Federal revelaram que ele era um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil e que lavava o dinheiro do tráfico comprando imóveis de luxo no litoral de Santa Catarina. A PF identificou 260 apartamentos que pertenciam a Marcos Silas.

O relatório de inteligência afirma que o traficante foi ouvido por agentes de segurança e que disse estar sendo "traído" pela gestão de segurança da unidade onde ficou preso. Segundo o documento, a insatisfação, na versão do preso, seria por que estaria tramitando um pedido de transferência para um presídio federal.

De acordo com o relatório, "o Sr caricate" teria recebido R$ 1 milhão para alocar Marcos Silas em um bloco em que seria mais fácil a contravenção - um celular - e que o traficante teria pago mais R$ 500 mil reais para não assinar a transferência para uma penitenciária federal.

Por ordem da justiça, Marcos Silas foi transferido para um presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS), em 2022.

Francisco Alberto Caricati foi diretor do Depen de 2018 a 2022. Antes, foi delegado e passou por diversas divisões da Polícia Civil, como Delegacia de Furtos e Roubos, Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos e Departamento de Inteligência do Estado.

Hoje, Caricati é diretor de Justiça na Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Paraná.

Procurado, Caricati disse que a denúncia é falsa e questionou a veracidade do relatório.

A Secretaria Estado de Segurança Pública do Paraná (SESP-PR) disse que tomou conhecimento da denúncia e abriu uma sindicância para apurar o caso. Segundo a pasta, a apuração seguirá os trâmites legais e tem prazo de 15 dias para ser concluída.

O Governo do Paraná afirmou que acompanha a sindicância aberta pela Sesp. Questionado sobre o caso, o Depen ainda não se manifestou.

fonte:G1Paraná / Foto: ACP


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