Três pessoas da mesma família foram condenadas por matar uma vizinha a tiros após uma discussão em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Um homem e a esposa e a cunhada dele foram sentenciados a mais de 16 anos de prisão, cada um.
Gisele Aparecida Alves dos Santos, de 33 anos, foi morta em junho de 2021. Na época, a Polícia Civil informou que houve uma discussão entre a vítima, um dos filhos dela, vizinhos e familiares. Gisele começou a filmar a briga e, neste momento, foi atingida pelos disparos.
Dalmir Diego Ferreira da Motta, de 30 anos de idade, foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado por homicídio, qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Luciana Rodrigues Ribeiro, de 28 anos, foi condenada a 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado também por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Jéssica Rodrigues Ribeiro, de 33 anos, foi condenada a 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado, além de 10 meses e 3 dias de detenção em regime aberto e 20 dias-multa por homicídio, qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, constrangimento ilegal e fraude processual.
Segundo o Ministério Público, Dalmir atirou em Gisele a mando de Jéssica e Luciana estava presente no momento do crime."A defesa do acusado sustentou a legítima defesa, e nas defesas das outras acusadas houve a sustentação de que elas não teriam participado da ação. No entanto, a tese do Ministério Público era contrária - delimitando a participação e autoria de cada um deles no delito - e foi recolhida pelo Conselho de Sentença", afirma o promotor de Justiça, João Eduardo Antunes Moraes.
Os três ganharam o direito de recorrer em liberdade.
Murilo José Pedrão e Luccas de Oliveira Néia Bággio, advogados de Dalmir, defendem que ele agiu em legítima defesa e que vai recorrer da sentença.
"No dia dos fatos, o Dalmir Diego apenas se defendeu, pois houve um conflito verbal e a vítima pediu para o seu filho pegar a arma. Dalmir Diego estava armado, pois ele sofria ameaças dos familiares da vítima. Inclusive, no dia dos fatos, a sua esposa, grávida, foi ameaçada de morte, pelo filho da vítima. Dalmir Diego não planejou, não premeditou e não teve a intenção de executar a vítima. Ele apenas se defendeu, repelindo a iminente e injusta agressão", afirma a defesa, em nota.
Fonte:G 1 Paraná / Foto: André Salamucha/RPC