A farmacêutica Daniele Stuart, investigada por exercício ilegal da medicina e falsificação de documentos particulares, prestou depoimentos à Polícia Civil do Paraná na manhã desta quarta-feira (12), em Curitiba.
Ela vendeu um curso de peeling de fenol à influencer Natália Fabiana de Freitas Antônio, conhecida como Natalia Becker.
Natalia é dona da clínica que realizou um peeling de fenol no empresário Henrique Chagas, que morreu em 3 de junho, cerca de duas horas após o procedimento. Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e responde ao crime em liberdade.
Conforme a delegada Aline Manzatto, no depoimento, a farmacêutica apresentou documentos e informações sobre o caso.
"A Daniele foi até a delegacia a convite, prestou informações a respeito dos fatos e, inclusive, apresentou algumas documentações referentes à resolução do Conselho Federal de Farmácia, que autoriza um procedimento invasivo por parte do farmacêutico, inclusive o peeling químico", explicou.
O advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa da farmacêutica, afirmou que Natalia não seguiu o protocolo ensinado por Stuart.
"Não há qualquer nexo causal da conduta da professora Daniele com esse caso. Há uma legislação que ampara aquele curso, que é meramente conceitual. O que está gerando indignação é que Natalia não era habilitada e para gerar credibilidade a atuação criminosa dela, ela cita o nome da professora Daniele em uma delegacia", disse.
Segundo a polícia, Stuart é investigada por exercício ilegal da medicina, por realizar peeling de fenol nos pacientes, e falsificação de documentos particulares, por detalhes no certificado de conclusão do curso online que vende.
Conforme a delegada Aline Manzatto, no certificado consta que as aulas são "teóricas e práticas". Porém, conforme a própria defesa da farmacêutica, o conteúdo do curso é estritamente "conceitual".
"A Polícia Civil do Paraná instaurou inquérito policial para apurar possível exercício ilegal da medicina por parte dessa farmacêutica, uma vez que ela fazia também peeling de fenol nos pacientes. Além disso, uma possível falsificação de documento particular, tendo em vista a emissão de certificados de cursos por ela administrados", afirmou a delegada.
Fonte:G1Paraná / Foto:Reprodução redes sociais