O preço médio das passagens de avião para voos domésticos em setembro, de R$ 747,66, foi o maior já registrado desde o início da série histórica, segundo levantamento com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O cálculo da agência considera a média de preço de todos os assentos comercializados no período, sem contar taxas aeroportuárias, com valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esta metodologia começou a ser adotada em junho de 2010, e o último dado disponível se refere a setembro deste ano.
E a tendência é de piora para os próximos meses: as passagens aéreas foram o item de maior peso no IPCA de outubro e novembro. Já considerando os resultados do mês passado, divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE, a alta acumulada das passagens aéreas é de 35,24% no ano.
Segundo especialista, o endividamento das empresas é o principal fator que explica os preços altos, uma vez que houve uma estabilização do dólar e queda no preço da Querosene de Aviação (QAV) em relação a 2022. (leia mais abaixo)
Em meio às negociações para o lançamento do programa “Voa Brasil”, que pretende oferecer passagens a R$ 200, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu em novembro com as companhias aéreas para que elas se comprometam a apresentar um plano para a redução dos preços das tarifas.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa empresas como Gol e Latam, disse que a aviação comercial global ainda sofre com impactos negativos na cadeia de suprimentos devido ao efeito pandemia e ao atual cenário de instabilidade na geopolítica mundial.
Fonte:G1