O sudoeste do Paraná recebeu várias apreensões durante a semana. A operação da Polícia Federal busca responsáveis por contrabando de milho. Parte do produto entra no Brasil por estradas rurais clandestinas, vindo da Argentina. Barracão e Santo Antônio do Sudoeste são as cidades alvo da operação, realizada também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, com apreensão de documentos, computadores e celulares que passarão por perícia.
Segundo a polícia federal, os investigados transportam toneladas de milho contrabandeado e também outras mercadorias. As buscas contaram com o apoio de equipes da Receita Federal e do Ministério da Agricultura. Além de fugir do pagamento de impostos e esconder a origem do milho, a entrada de produtos agrícolas sem fiscalização traz outros riscos para o país.
“Esse trânsito internacional de produtos agropecuários, principalmente o irregular, é a principal forma de introdução de pragas e doenças livres. Então, a gente precisa manter o nosso estado sanitário equilibrado para que a gente consiga exportar”, comentou o gerente do programa do Ministério da Agricultura, Marcos Pinheiro de Sá.
O secretário de agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, apontou outros riscos para o estado: “estamos com preços ruins aqui dentro. Esse produto que ingressa só prejudica, agudiza esse quadro, para os preços aos produtores paranaenses”.
Na operação dessa semana, duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma. A polícia encontrou uma pistola com numeração raspada, um rifle calibre 38, além de munição.
Ainda sobre a movimentação de produtos irregulares, também essa semana, em Foz do Iguaçu, foi apreendida quantidade de carne trazida da Argentina. Foram 144 quilos de camarão e 75 quilos de picanha.
Além de não estar de acordo com as normas de importação, não havia qualquer garantia de como o produto tinha sido armazenado, se havia ou não refrigeração, por exemplo.
Dez pessoas foram condenadas por vender agrotóxico proibido, no Paraná. As condenações são resultado da operação Terra Envenenada, deflagrada em outubro do ano passado em sete cidades do estado. Na época, dezoito pessoas foram presas, uma grande quantidade de agrotóxicos foi apreendida.
A organização comprava do Paraguai produtos proibidos no Brasil. As negociações começavam na cidade de Terra Roxa. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Ainda cabe recurso.
Fonte:OesteNoticias