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Postado em: 13/06/2024 às 09:29
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Operação mira agentes públicos de Londrina suspeitos de interferir em processos para beneficiar presos


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Dois agentes públicos ligados ao cartório da Vara de Execuções Penais, Medidas Administrativas e Corregedoria dos presídios, vinculados ao Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen), são investigados por beneficiar presos de Londrina, no norte do Paraná.

Os agentes, um analista judiciário e um servidor lotado no Patronato Penitenciário, são alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizada na manhã desta quinta-feira (13).

Entre os benefícios concedidos para presos, conforme o Gaeco, estão a progressão antecipada de regime, o livramento condicional, a agilização de processos judiciais e a omissão de expedição de mandado de prisão.

Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram expedidos para a operação. Também são cumpridas medidas alternativas à prisão.

Até a última atualização desta reportagem, o Gaeco não tinha informado os nomes dos suspeitos. Os crimes investigados, segundo o órgão, caracterizam corrupção passiva e ativa.

Os dois servidores tiveram as funções públicas suspensas na operação e foram proibidos de acessar e frequentar qualquer unidade judiciária e/ou vinculadas ao Sistema Penitenciário do Estado do Paraná.

De acordo com a investigação do Gaeco, uma das suspeitas é que o analista judiciário investigado realizou o livramento condicional que beneficiou o integrante de uma organização criminosa.

O Gaeco também investiga se o agente, que à época era lotado no Patronato Penitenciário, recebia propina para, além de agilizar processos, passar informações privilegiadas a familiares de presos e intermediar a oferta e o pagamento de vantagens indevidas ao servidor lotado no cartório da Vara de Execuções Penais, suspeito de integrar o esquema.

Sobre o servidor do cartório na Vara de Execuções Penais, as investigações também buscam esclarecer se houve omissão na expedição de mandado de prisão contra um traficante de Londrina condenado a mais de 12 anos de reclusão.

Nesse caso, o juízo da Vara de Execuções Penais determinou a expedição de mandado de prisão, mas o servidor público investigado deixou de cumprir a ordem judicial.

O órgão também apura a suspeita de participação de um ex-preso que pode ter atuado como elo entre os presos do sistema carcerário e os servidores públicos.

O Gaeco afirma que as negociações e os assuntos relacionados ao trâmite dos processos judiciais eram tratados pessoalmente ou por aplicativo de mensagem.

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