A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) entregou, nesta quinta-feira (4), o remédio de R$ 2,4 milhões que será usado no tratamento para a garota Yasmin, de 11 anos, diagnosticada com um câncer agressivo.
O medicamento chamado Danyelza deveria ter sido entregue por uma empresa de Joinville, Santa Catarina, que ficou responsável pela compra, mas não entregou o produto.
O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil. O Governo do Paraná decidiu comprar o remédiopara evitar complicações da doença na menina. A medicação foi entregue no Hospital do Câncer de Cascavel (Uopeccan), e deve ser aplicado em Yasmin a partir do dia 15 de julho.
De acordo com a diretora de Serviços de Saúde da Uopeccan, Gladys Mari Rodrigues, Yasmin deve ser internada na semana que vem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
As primeiras aplicações devem ocorrer nos dias 15, 17 e 19 de julho. Nesse período, a menina será acompanhada por uma equipe multiprofissional, que foi treinada para fazer os procedimentos.
“Teremos outras aplicações nos próximos meses, e conforme o organismo dela for reagindo. Esse medicamento é diferenciado do que temos aqui no hospital. Os profissionais já foram treinados em dezembro do ano passado. Em junho, fizemos uma nova etapa de capacitação, ou seja, nossa equipe está preparada”, explicou.
Yasmin enfrenta um neuroblastoma desde os cinco anos de idade. A doença voltou mesmo após cirurgias, sessões de quimioterapia e um transplante de medula.
A Justiça havia determinado o fornecimento do produto pelo Governo do Paraná porque ele não estava disponível na lista de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O governo estadual afirmou que optou em repassar o dinheiro à empresa Blowout Distribuidora, Importação e Exportação, de Santa Catarina, indicada pela família de Yasmin para fornecer a medicação importada da Índia.
Segundo a família da garota, o governo pagou o valor à empresa catarinense, mas não recebeu o produto. Eles afirmaram que apenas uma das 6 ampolas foi entregue.
Em nota, a Procuradoria Geral do Estado disse que ainda não recuperou os valores, e que está cobrando a empresa que não entregou o medicamento.
A Polícia Civil informou que não pode dar mais detalhes porque a investigação está em sigilo.
Fonte:G 1 Paraná /
Foto: Reprodução/Uopeccan