Com objetivo de oferecer ao mercado consumidor um produto com garantias de qualidade, pesquisadores do Paraná elaboraram um protocolo com orientações aos produtores de pinhão. A cartilha determina boas práticas na coleta, transporte, beneficiamento, identificação e rastreabilidade dos pinhões.
O documento foi elaborado por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Embrapa, Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba, Instituto Federal do Paraná (IFPR) e Senar, que integram o Programa de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Curitiba (Pró-Metrópole).
Além de orientar sobre as melhores maneiras de manejo e comercialização para um produto com maior valor agregado, o protocolo também cria métodos que podem ser usados para a criação de um selo de Indicação Geográfica (IG) do pinhão paranaense no futuro.
Além de ser um produto importante do ponto de vista cultural, o pinhão também tem um papel relevante na economia regional. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, o Paraná produz cerca de 4 mil toneladas de pinhão por ano, o que representa praticamente um terço de toda a produção nacional do produto. O valor da produção paranaense de pinhão é de cerca de R$ 20 milhões.
A adoção de procedimentos que atestam a qualidade e a rastreabilidade de um produto característico de uma determinada região é um dos primeiros passos para que ele receba um selo de Indicação Geográfica (IG).
Este reconhecimento é dado pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) a cidades ou regiões que são referência em alguns produtos ou serviços. Ele também é usado como um atestado de qualidade para a comercialização destes produtos.
Atualmente, o Paraná é o terceiro estado com mais produtos com o selo de Indicação Geográfica em todo o Brasil, com 14 selos concedidos pelo INPI, como por exemplo, a cachaça de Morretes, os cafés especiais do Norte Pioneiro, a bala de banana de Antonina e a erva mate de São Mateus do Sul, entre outros . Ao todo, em todo o País existem 112 produtos registrados com indicações de procedência ou com denominação de origem.
Fonte:AEN